Quando tudo começou...

Robson Campos      sábado, 2 de setembro de 2017

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Olá! Robson Campos é meu nome! Tudo bem?

Em 1998, fundei a Corporate Gestão 360° e sou o criador do método Gestão 360°.

Meus pais sempre foram pessoas simples, de classe média e muito dedicados. Durante a minha vida, me deram casa, comida, roupa limpa e educação básica. Sempre estudei em colégio público e me lembro que os meus três irmãos mais velhos tiveram melhores oportunidades em educação, estudando em boas escolas particulares.

Com 7 anos me lembro que vi durante duas ou três semanas diversas vezes a propaganda “Eu quero minha Caloi”, onde eles ensinavam crianças e adolescentes a escrever diversos bilhetinhos “Eu quero minha Caloi” para os colocarem em todos os lugares da casa dos seus pais. 

Então passei a colocar em lugares como debaixo da xícara de café, pasta de trabalho do meu pai, bolso da camisa do meu pai, bolsa da minha mãe, dentro da geladeira, nos sapatos do meu pai e da minha mãe e assim eu fiz com meus padrinhos, tios e primos mais velhos – avós infelizmente não, pois quando eu nasci, 3 dos 4 já estavam mortos e a única que se encontrava viva conheci em apenas 1 semana numas férias que tive.

E o resultado incansável dessa campanha, obstinado a ter a minha primeira bicicleta foi um bullying familiar coletivo. Pois, além de não me darem a bicicleta no dia das crianças (a propaganda foi uma campanha para essa data), meus dois irmãos gêmeos que eram 10 anos mais velhos que eu, portanto não mais crianças, ganharam cada um uma bicicleta top, um para utilizar no trabalho como entregador de jornais e o outro para seu lazer.

Acho que diante desse acontecimento de grande decepção, que além de vir de toda minha família, ainda era excluído dos grupos de colegas de escola e vizinhos, pois todos possuíam uma bicicleta e eu não. Você consegue imaginar uma criança excluída do seu ambiente familiar e social?

Após isso, foi despertado o meu lado empreendedor e, aos 7 anos, eu tive certeza que caso eu quisesse um brinquedo eu teria que trabalhar e conseguir dinheiro para poder comprá-lo.

Logo depois, vi uma propaganda do Banco do Brasil que falava sobre caderneta de poupança e pedi para meu padrinho (saudoso Arantes), que me levasse ao banco para que eu pudesse abrir a minha conta poupança, e a partir deste dia, os poucos presentes que eu recebia em datas comemorativas do ano eu recebia em dinheiro e, quando era um brinquedo ou roupas novas eu “rifava” para trazer dinheiro e colocar na poupança.

Comecei a querer vender tudo que via pela frente das poucas coisas que tinha, fazia desenhos para que meus colegas dessem para as meninas que eles gostavam alegando que foram eles que desenharam, escrevia poemas com mesmo objetivo, e assim eu fui obtendo atenção de todos em minha escola.

Certo dia, montaram um circo próximo à minha casa no bairro de Freguesia JPA/RJ e eu fiquei extremamente encantado com todos os animais que ali possuíam.

Pedi ao responsável pelo circo para que me deixasse trabalhar cuidando deles, alegando que meu sonho era ser veterinário. Passei a vender os ingressos do circo na minha escola e, com a autorização dos meus pais, assim o fiz nessa e em outras vezes que montaram circos e parques de diversão naquele local.

Toda a minha infância eu passei nessa linha de empreendedor: de juntar dinheiro trabalhando em circos e em parques.

O que me tornou extremamente popular no condomínio e na escola foi que todas as crianças queriam se aproximar de mim para comprar meus ingressos. Eu facilitava para muitos brincarem mais tempo nos brinquedos, oferecia maçãs do amor para todas as meninas bonitas da escola e do condomínio e milho para todos que me deixavam brincar com suas bicicletas. 

Aos poucos, fui percebendo o poder do “dinheiro” e que trabalhando eu poderia fazer coisas sem precisar depender dos meus pais e de mais ninguém. 

Foi então que, com 11 anos, comecei a trabalhar com manutenção de equipamentos MMX, o que talvez você nem saiba o que é! MMX era o computador pessoal da época, que mais parecia um aparelho de videocassete que ligava na TV em preto e branco, era muito legal!

Eu era fascinado por uma oficina eletrônica que ficava na rua a caminho de casa para a escola e, por vários meses, eu entrava no estabelecimento para ver aquilo de perto; era como se eu estivesse numa loja de brinquedos eletrônicos. 

Todos os dias o Sr. Manoel me expulsava dizendo: “Sai daqui moleque, isso não é brinquedo não!”. Um dia, porém, ele me convidou para acompanhar seu trabalho, e acabei ficando uma tarde inteira ali, encantado, observando-o consertar os equipamentos. Daí que eu lhe propus levar clientes para sua loja, pois assim acabaria aprendendo a consertar os produtos eletrônicos e, de quebra, ganharia um dinheiro de comissão.

Espero que tenha gostado dessa história, e que sirva de inspiração para estimular seus filhos no empreendedorismo, assim como tenho feito com a minha pequena Giulia que está hoje com 8 anos e a paixão dela atualmente é dançar. Estuda ballet desde os 3 anos e tivemos que pôr ela nesta atividade por um probleminha que ela teve nos pés. Porém, acabou gostando muito e segue até hoje. Ela participou de um festival de dança e, das 8 modalidades que concorreu, ganhou em 7. Gravei tudo da arquibancada e publiquei no canal que criei pra ela a pedido dela… Veja lá, ou melhor, aqui mesmo no Youtube…Giulia S. Campos. https://www.youtube.com/channel/UC423QAVrOKqpr8qodeLicsg

Imagina o orgulho do pai babão aqui… rsrs

 

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